25 de nov. de 2011

Charge

 


Atividade realizada nos primeiros anos do ensino médio, terceiro trimestre do ano letivo de 2011.
1)      Conforme o conceito de barbárie de Adorno, interprete a charge abaixo.
 Tendo como base a charge, podemos notar uma grande contradição pelo fato de uma pessoa que pega lixo na rua estar falando em um telefone móvel. Isso se deve porque deduzimos que a vida dela deve ser difícil e, no entanto, ela prioriza um aparelho tecnológico (supérfluo) do que coisas necessárias e mais importantes, prova disso é que, na figura, o homem não tem nem uma blusa para vestir. Dessa forma observamos que o avanço da tecnologia influencia as pessoas a adquirirem esses novos produtos criados por ela, só que nem todos tem condições financeiras suficientes para tal, mas apesar disso tentam acompanhar o resto da sociedade que tem. Essa tentativa acaba causando ou agravando os problemas nela presentes: a violência que induz a pessoa a roubar algo que queira uma vez que não consegue comprar, e o consumismo (as pessoas deixam de comprar o que realmente precisam para investir seu dinheiro em lazer ou coisas fúteis), por exemplo, e é aí que se encontra o perigo. Tudo para não ser considerado atrasado, até uma mudança de valores (prioridades, atitudes). Por isso, seria necessário uma conscientização para que as pessoas saibam o que fazer de maneira coerente com seu dinheiro, estabelecendo prioridades e objetivos.

Cynthia Prado Pousa, número 6, 1º Ano A

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  A imagem nos mostra que mesmo com o desenvolvimento do país em conseguir fazer milhões de pessoas possuírem telefones celulares, o que é uma facilidade que demonstra avanços dos meios de transmissão (atualmente todos conseguem ter um celular), por outro lado a situação e as condições de vida do cidadão ainda são precárias e o país não colabora para esta mudança. A barbárie demonstra exatamente essa contraposição de podermos distribuir estas tecnologias afora, mas não conseguirmos satisfazer as necessidades básicas do cidadão como um trabalho digno, por exemplo. Para isso, o governo requer de uma atenção que vise a situação dos mais pobres, mas principalmente de uma educação crítica que possa fazer com que nós cresçamos sem que estes enfrentamentos ocorram; é um olhar mais atento para que alcancemos os fins sem prejudicar os meios; desnaturalizar o problema cotidiano para que ele não se torne normal e decorrente dos mesmos erros passados.


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Letícia L. Prado - Nº 26 - 1ºB
 
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Como diz Adorno, a barbárie consiste no atraso das pessoas em relação à civilização (no que diz respeito à presença de tecnologia).
A Charge expressa bem esta ideia, pois apresenta um homem catador de lixo utilizando o celular e reclamando do trânsito.
O homem aparenta estar inserido na sociedade tecnológica, porém, está numa situação mais “atrasada”, pois o trânsito remete a uma fila de catadores (não à tecnologia dos automóveis).
O humor se dá pelo homem transferir uma situação tecnológica, na qual ele não está inserido, para o seu dia a dia. Desse modo, vemos que a tecnologia não está a serviço de todos, mas a serviço de uma minoria capaz de bancá-la e utilizá-la em benefício próprio.

Mateus B. Fiamenghi 1º B; Nº30
 
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Real evolução necessária
 A charge demonstra exatamente/explicitamente o conceito/ ideia de barbárie no qual crítica de frete a evolução da tecnologia, mas a real evolução necessária é esquecida.
A sociedade supre a necessidade “ilusória” de estar cada vez mais adquirindo a tecnologia materializada do mundo capitalista no qual vivemos, ao invés de priorizar e atender a condição de existência básica de cada individuo que compõe a sociedade.
Muitos vivem em condições precárias como o homem da charge, mas como o sistema do mundo como um todo “tapa” os olhos da população e aliena negativamente com seus produtos supérfluos.
E o que o “sistema” ganha com isso? Ele apenas lucra “nas costas” dos outros, assim, privilegiando poucos, que não obtém necessidade maior daqueles que são influenciados.
                                                                        
Julia Caroline Afonso Carvalho - 23 - 1ªB



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O desenvolvimento tecnológico tem sido muito grande nos últimos tempos e cada vez mais a tecnologia é incorporada na vida das pessoas. No entanto o desenvolvimento social continua parado e enquanto a tecnologia poderia contribuir para um avanço nesse setor, inclusive, a maior parte da população se encontra excluída do avanço tecnológico. Todas essas ferramentas não são usadas inconscientemente pela população e segundo Adorno, um bom modo de reverter o contraste entre a civilização, em que todos os seres humanos teriam acesso as suas necessidades básicas, e a Barbárie, em que se encontra a sociedade atual, onde o ser humano é um objeto manipulado de acordo com outros interesses, seria educá-los para que construam uma formação e adquiram uma consciência critica. Assim pessoas como a da charge teriam uma possibilidade de sair da agressividade primitiva e encontrarem um meio de vida digno.
A verdade é que a ferramenta tecnologia não é utilizada ou vista, pela maior parte da população, como um meio de mudança positiva. Muitas vezes ela é interpretada como um status, afinal as pessoas não recebem educação para saírem do senso comum, e continuam nas mesmas situações precárias da humanidade, com ou sem tecnologia. O homem se tornou inferior a ela e possuí-la não tem mais importância para a vida, como ilustra a charge.
 

Nome: Bianca Padovani  no 04  1 ano B – EM

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A charge mostra, no canto, uma manchete informando que o Brasil possui 25 milhões de telefones celulares e, depois, faz uma contradição, mostrando na imagem um catador de lixo que vive em condições precárias e à margem da sociedade usando um telefone celular ao dizer para alguém que está “preso no trânsito”.
A tecnologia hoje é fabricada em massa e traz a ilusão de que é feita para todos. A sociedade capitalista que nos inserimos hoje, na verdade, traz a ideia de que todos somos iguais e que tudo é para todos, alienando as pessoas a ponto de elas acreditarem que a desigualdade social não existe.
O homem da charge achou que, comprando um celular, estaria assim se integrando na sociedade e se tornando uma pessoa igual às outras, mas que, na verdade, continuava sendo explorado imensamente, devido ao trabalho pesado que exercera sem nem ser ao menos reconhecido, por representantes da alta sociedade (empresários e banqueiros) que comandam as grandes empresas multinacionais e as mídias que o levaram a comprar o celular.
 

Aluna: Nathália G. Schiavinato nº32 1ºB

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A contradição da charge é que, até mesmo um catador de lixo, que é pobre e sem valores materiais, pode ter um aparelho celular. A sociedade está muito ligada com as tecnologias e muitas pessoas hoje possuem televisão, celular, computador, etc. Mas a charge não é muito realista, pois nem todos tem acesso à esse tipo de tecnologia. Apesar de várias pessoas terem celulares, essas são as pessoas que não são tão pobres, que têm condições de comprar um aparelho desse porte. Porém, isso que dá a graça da charge.

Mariana Figueiredo, número 28, 1 B.


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Podemos ver nessa charge que ate mesmo uma pessoa numa classe social bem inferior que trabalha como catador de lixo tem suas 'condições' de comprar um celular para ela. Vemos que certas coisas não são mais elitizadas como eram antigamente. A nota na parte de cima nos mostra isso: 'Brasil tem 25 milhões de telefones celulares'. Tambem vemos que a maneira de pensar e a maneira como a sociedade se porta diante da ciência e tecnologia muda de maneira drástica conforme a época em que se encontra. Nos damos conta disso vendo que a personagem se encontra num transito, não de carros, mas sim de carrinhos de lixo, ou seja, o trabalho agora predominante era o que antes era considerado uma tarefa inferior. Podemos concluir então que quanto mais alto o desenvolvimento tecnologico se eleva, mais nossa capacidade de desenvolvimento e conhecimento dimunui, e tomando seu lugar surge o excesso de informação e alienação enquanto individuo e sociedade. A relação civilizaç ão x barbárie (tecnologia) aumenta a cada minuto, tornando-se cada vez mais forte. Quanto maior o desenvolvimento das tecnologias, mais atrasados a civilização -sociedade - fica para com ela mesma, acontecendo uma deterioração, um retrocesso do desenvolvimento humano, assim como se mostra na charge.

Anne Garofolo


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 Na charge ao lado, podemos observar um homem segurando em suas costas uma carreta cheia de pertences de segunda mão, usados. Dá-se a entender que ele pretende vendê-los ou trocá-los por algo. Então, ele atende o telefone e diz uma frase muito conhecida por integrantes da classe média "Me liga mais tarde! Agora eu tô enrolado no trânsito...". Caso houvesse apenas a frase, imaginaríamos um empresário ou advogado de alto nível social, dentro de um carro de luxo, atendendo ao mais moderno dos celulares.
 Repare que, em sua frente, há a traseira de outra carreta e, atrás, o pé de alguém que segue com outra carreta, formando o que ele chama de trânsito.
 A barbárie está na relação entre a frase no canto superior esquerdo, fazendo referência aos 25 milhões de aparelhos celulares no Brasil, e ao atraso em outros aspectos. Do que adianta tantos celulares se existe um atraso, socialmente falando? A parcela de pessoas que se desenvolvem socio e individualmente, isto é, acompanham todo o desenvolvimento social, é extremamente pequena quando comparada com a parcela que não acompanha esse desenvolvimento de forma igualitária.

Giovanna Fernandes Name, nº 16, 1ºA


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Essa charge é um exemplo do conceito dado por Adorno sobre barbárie, pois mostra uma pessoa que para conseguir algum dinheiro recolhe lixo pela cidade, mas não é um catador de lixo (lixeiro) e sim um provável sem teto que em seu carrinho possui poucos aparelhos aproveitáveis. O que chama atenção é o celular que ele possui, porque é uma ferramenta muito desenvolvida e também cara.
Logo é uma desigualdade entre a sociedade e a tecnologia.
Na sociedade atual, geralmente prioriza o desenvolvimento de novas tecnologias do que o desenvolvimento da civilização, pois o capitalismo introduziu na mente das pessoas que o desenvolvimento tecnológico irá gerar dinheiro que irá gerar o desenvolvimento social.
Esse pensamento é de certo ponto, equivocado, mas na realidade de hoje ele é predominante.
  
Guilherme Fantini 

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No canto da charge vemos a informação: 'Brasil tem 25 milhões de telefones celulares'. Tal informação nos remete a pensar que todos esses celulares, representantes das da nova tecnologia, estão distribuídos igualmente entre os cidadões brasileiros. O desenho, porém, nos remete a realidade, onde embora as novas tecnologias estejam presentes na vida de muitos brasileiros, elas não atingem toda a população e/ou não possuem a mesma qualidade para todos. Enquanto existem muitos adolescentes da clásse média e alta que já possuem Iphones e produtos de última geração, um adulto da classe baixa possui no máximo um celular com antena. Vemos, assim, a presente desigualdade no cenário brasileiro e mundial.
Boas férias professor!

Ana Luísa de Oliveira
 

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