29 de nov. de 2011

Homem unidimensional

Seminário texto:
LOUREIRO, Isabel. Herbert Marcuse РAnticapitalismo e emancipa̤̣o. Trans/Form/A̤̣o, Ṣo Paulo, 28(2): 7-20, 2005

Grupo: Paola Argentin, Tales Lopes, Laura Passos, Giovana Specian e Yago - 2º B





Marcuse procura estabelecer uma relação entre Marx e Freud , foi para escola de Frankfurt com o objetivo de desenvolver uma teoria social critica, de analise e interpretação da realidade social existente. ( não só em sua época, as coisas pioraram de lá pra cá).


Para o filosofo, a sociedade impõem uma racionalidade tecnológica, de dominação e opressão em massa, de controle das consciências humanas. O homem não goza da liberdade plena e do prazer. Condicionado, torna-se incapaz de opor-se ao sistema


Através de apelos, de propaganda e consumo, surgem necessidades falsas, que relegam o homem a mecânica do conformismo. Nessa sociedade o homem vive subordinando sua criatividade a razão anônima que ordenou tudo pra ele.


Diante da satisfação das necessidades que julga ter, o homem deixa de contestar o atual sistema capitalista de consumo. Essa sociedade nivela as pessoas. Marcuse utiliza a expressão “ sociedade unidimensional” para demonstrar o controle que esse tipo de sociedade exerce sobre o pensamento humano.


A sociedade criticada por Marcuse é sustentada sob o aparato tecnológico e tende a tornar-se totalitária. Quando os meios de comunicação de massa tornam o sujeito conformado, surge uma forma de vida que ele chama de “unidimensional”. O homem unidimensional é ser uma multidão solitária.  


Marcuse denunciou a criação do chamado homem unidimensional: um indivíduo que consegue ver apenas a aparência das coisas, nunca indo até a sua essência. O homem unidimensional é conformista, consumista e acrítico. Ele se acha feliz porque a mídia lhe diz que ele é feliz e, quando se sente triste, vai ao shopping, fazer compras. Para ele, as mudanças só ocorreriam se houvesse a liberação de uma nova dimensão humana. Um princípio básico deveria permear essa nova revolução: a liberdade.


Quanto à arte ele pensava que ela só seria o que deveria ser se cumprir sua função revolucionária e se ela não fizer parte de nenhum sistema, inclusive o sistema revolucionário. O artista deve não consolar, mas instigar o seu público e fazê-lo rever seus valores. A trajetória de Bob Dylan demonstra bem isso. Quando achou que seu público estava acostumado com suas músicas políticas, ele lançou um disco não político. Assim, para Marcuse, a nova arte não seria uma peça de museu, mas algo vivo, a expressão de um novo tipo de homem. Em alguns momentos, a recusa da obra de arte poderia ser uma forma de fazer arte.


Esse pensamento influenciou o movimento da contracultura, com seus fanzines, revistas alternativas e rádios livres. Outra conseqüência foi a antiarte, um movimento que, em sua versão mais branda, procura demonstrar o equívoco da arte como ornamento, como peça de museu. Um exemplo disso foi o barquinho pirata colocado pelo estudante de jornalismo Cleiton Campos no meio de obras famosas durante a última Bienal. O quadro de Cleiton não tinha qualquer valor artístico, mas valor de atitude. Colocar em dúvida o aspecto sacramental da arte pode, também, ser um tipo de arte.

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